segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pitões Das Júnias

Pitões das Júnias é uma freguesia portuguesa do concelho de Montalegre, com 36,89 km² de área e 201 habitantes (2001). Densidade: 5,4 hab/km².
Pitões das Júnias é uma aldeia situada a cerca de 1200 metros de altitude, no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de BarrosoTrás-os-Montes. Faz parte do concelho de Montalegre, Distrito de Vila Real. Fica próximo a Chaves a leste e Braga a oeste. A distância até a cidade do Porto é de aproximadamente 140 km. Do Aeroporto de Pedras Rubras, a distância é de 133 km, percorridos em 2 horas e 10 minutos.

História
A sua origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, entre os séculos IX e XI. A localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia conservasse a sua pequena população e o característico aspecto medieval. As construções em pedra e a beleza natural do lugar deram início nos anos 90, ao turismo ecológico na região. Turismo esse que cresce nos meses de Verão com a chegada dos seus descendentes, vindos principalmente do Brasil e da França.
No rebordo do planalto da Mourela e no meio de uma encosta que a erosão abriu, as populações escolheram esta zona agreste por razões geográficas e ecológicas: a aldeia fica abrigada dos ventos frios do norte, e as terras de cultura abaixo (são solos ricos, facilmente irrigáveis pelos cursos de água, que durante todo o ano descem das alturas). O gado é a maior riqueza da terra, tanto hoje como ontem. Vacas, cabras e ovelhas, são o capital das serras e o foco da cultura em torno do qual a vida se move, organiza e perpetua. Antigos trilhos de contrabandistas levam-nos a um Gerês mais agreste e duro, onde a paisagem ainda selvagem e com pouca intervenção do homem, nos enche e liberta a alma.
Herdeira natural da velhíssima freguesia de São Vicente do Gerês, nas profundezas do rio Beredo, que recebe águas de vários ribeirinhos na montanha. Pitões é a povoação mais alta de Barroso, na cota dos 1100 metros, o que contribuiu em grande medida para a elevada qualidade do presunto e fumeiro desta localidade.
Sempre foi conhecida por ser terra de gente lutadora e mesmo guerreira: não resistiu à destruição do Castelo, nem do Mosteiro, nem da sua “república ancestral” (conjunto de normas comunitárias e democráticas dos seus habitantes) mas resistiu aos Menezes, condes da Ponte da Barca, a quem um rapaz de casa do Alferes foi raptar uma filha com a qual casou. E resistiu à pilhagem e assaltos sistemáticos que os Castelhanos organizavam durante a guerra da Restauração. Em 1665, “um grande troço de infantaria e cavalaria, sob comando de D. Hieronymo de Quiñones atacou Pitões mas não só não conseguiram queimar o povo como este lutou bravamente pondo em fuga o inimigo e sem perdas”. Alguns dias após (com os pitonenses a ajudar, em represália) o capitão de couraças João Piçarro, com 800 infantes, atacaram Baltar, Niño d’Águia, Godin, Trijedo e Grabelos “donde trouxeram 400 bois, 1500 ovelhas e 20 cavalos”. E resistiu ao florestamento da Mourela, com pinheiros, o que levaria à perda das suas vezeiras. Nesta aldeia pode visitar a corte do boi do povo, agora reconstruída como pólo do ecomuseu.




Brasão
Escudo de verde, campanário de dois arcos de prata, aberto do campo e grimpado de negro; dois encontros de boi barrosão, de ouro, armados de prata; campanha diminuta ondada de prata e azul de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "PITÕES DAS JÚNIAS".

Bandeira
Amarela. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.

Associativismo
Património